Chamo-me Dyego Cortez. Sempre me interessei por bandas exóticas; acabei, numa dessas inserções ao mundo alternativo da música, descobrindo a polifonia que, desde então, jamais desalojou-se da minha cabeça - é bem verdade que não se fez questão disso acontecer.
Radiohead é um caso atípico. Diferentemente de muitas bandas que cativam ouvintes, quando os primeiros riffs de guitarra são reverberados, recordo-me que ao comprar, e ouvir, OK Computer pela primeira vez, me senti estranho; talvez como os discos do Pink Floyd me fizeram sentir. Contudo, aos poucos, as canções ganharam força dentro de mim, se tornando maiores do que canções que grudam de imediato, e se tornam ruídos descartáveis - nem sempre assim, é claro. Necessita-se em primeiro momento compreender, para depois apreciar; ensejar o incomum. Genialidade atemporal.