| Poemas | |
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Autor | Mensagem |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Ter Mar 09, 2010 1:32 am | |
| - () escreveu:
- Antes do comentar "sete" vale ressaltar que "Reverso" é mais um espetaculo dilacerante...
A sensação super pessoal que tive, foi que li um poema digno de um Álvaro de Campos...Com aqueles sentimentos que vão se estrelaçando com a passagem do tempo submerso nos movimentos e gestos cotidianos...Fascinante o verso arrebatador final "No colo do tempo ou submersa em águas que nunca serão as mesmas"
"sete" é lindo e confessional como Scastterbrain...Sublime como "True Love..." as vezes entrecortante como Let Down...mas com um final sussurrante e belo como em Nude...Lindo demais Thami...lindo demais... Amei o comentário | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex Mar 12, 2010 1:34 pm | |
| Fita de carrossel adormecido
O que é isso que surge por um lado, e por outro vai... Calcando firme ao arrastar-se pela meia noite. Despedaçando os silêncios e corroendo as infantilidades
Isso que retorna sempre sem vida e por dentro quebra... Fragmentando os espaços... rostos vão e voltam...vão e voltam
Certa vez li em seu diário...”Me guarde novamente” E isso é que, por fim, mata Diz-se ser do teu corpo o novo dono A promessa que se cerca entre palavras doces E isso que lhe mata, e a boca mente... O sono acalma...os olhos sentem...que não há mais nada
Toma em todo o orgulho, toma cinicamente Atesta que não basta...não basta...não basta! Isso que me traga como um fumo solto Morto E mata brevemente...
Cala enquanto podes sorrir ao desespero Cala enquanto podes abraçar o teu irmão Cala e aguarda nos braços do bom anjo O Belo viajante que adormece em teus prantos Em sono trágico de clemência, de pedidos naufragados Amores desencontrados, corações falidos.
Piedosamente rogo que nesse encontro Sugue minha alma, absorva meu canto Largue-me nas águas para enfim, conduzi-las aos meus domínios
eu vagarei na crueldade de mares tão revoltos que já Levam a saudade para longe da terra... para brincar entre as estrelas
O Caminhar que se despede é êxtase de inconsciência mitificada Um adeus sem retórica...e a boca mente A mão agarra tão forte que se sente ao longe Tão forte...como o primeiro choro Como uma mãe doente o meu peito engasga e soluça pedindo abrigo Tão forte como um filho morto E por dentro mata brevemente Tão forte...
No carrossel que embalou a minha infância Os Sonhos se foram ciclicamente E eu parada observando E não voltam, não voltam...
T.M. | |
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Radiohead Brasil Administrador
Número de Mensagens : 1539 Localização : Andrômeda Data de inscrição : 10/10/2008
| Assunto: Re: Poemas Ter Mar 16, 2010 9:31 am | |
| 02:11
Num processo que envolve madrugada e silencio eterniza-se em mim o fim de mais um instante. A passagem por essas longas transições entre os meandros das escadarias e olhares perplexos das mulheres indo comprar seu cotidiano na feira. Se amontoa em mim o inevitável recomeço. O olhar para as nuvens paradas relevam-se longos copos de café amargos de pressa desolada. Os passos nas esquinas; como longos trens; atravessando um precipício... com a irreparável diferença que me sinto o próprio precipício...
João Leno Lima | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Ter Mar 16, 2010 11:54 am | |
| 02:11, certamente algo que se eternizou em um momento, essa simbologia é característica de Leno, vou responder este lindo poema, o prisma do poeta, seu olhar para a peculiaridade dos sentidos, dos dias, com versos de um poema meu..o olhar do poeta "é sempre ele confuso, um não saber[...] é um céu poluído pela poeira cósmica[...]é um mar desaguando os seus segredos[...]". O olhar de um poeta, é apenas um olhar de um poeta, com toda a imensidão e loucura, com toda trivialidade e complexidade, e neste poema...é instante. | |
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Dnn. OK Computer
Número de Mensagens : 1407 Localização : Porto Alegre Humor : Zorra Total (piadinha retardada ) Data de inscrição : 19/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex Mar 19, 2010 9:00 pm | |
| Talvez eu não consiga falar o que queria, mas pelo menos vou tentar. 02:11 do Leno me diz um cotidiano quieto e ao mesmo tempo gritante, é tão leve como quem percebe do que a vida é feita mas tem algo forte, uma característica presente em quase tudo que o Leno escreve. Duas faces de uma coisa simples, de uma percepção aguçada da vida, como eu disse lá em cima.
-viajeinabatata | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Sáb Mar 20, 2010 9:53 am | |
| Catálogo
Catálogos de preço com céu azul por dentro Vazios, ocos, lentos Catálogos de caras enfeitadas todas sujas, por dentro Inteiramente nuas Cada impressão que delineia o meu corpo Onde se encontra? Cada abstração que esmigalha o meu corpo Onde se encontra?
Catálogos de carros que passeiam em viagens Não se entregam a noite Eu como o silencio e mastigo ele amargo Eu como a mim mesmo e me vejo muito fraco E me vejo um palhaço E me vejo um sapato E me vejo...trafegar pro lado, lento
Notas entoadas escorrem para fora dessas bocas... Não me entristecem Cada gesto nobre que se lança em horizontes Apontam em direções tão divagantes Não me envaidecem Não me causam taras não me desamarram Nem me prendem
Eu sou o cigarro na boca de um distante Espalhando entre o vento Eu como a criança que me abraça muito forte Mastigo sua inocência, absorvo sua decência Me puno entre abraços de pêsames malditos
Me vejo desmanchar sem argumentos Me vejo sufocar em prédios invisíveis As coisas boas voltam? As coisas boas nunca voltam? Queria hoje acordar em um céu azul bonito...
Quero me jogar... quero me jogar... Temo que meus pés me abandonem temo que me levem ao escuro da minha alma e me deixem sem abrigo.
T.M. | |
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Dnn. OK Computer
Número de Mensagens : 1407 Localização : Porto Alegre Humor : Zorra Total (piadinha retardada ) Data de inscrição : 19/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex Mar 26, 2010 2:01 pm | |
| Belvedere
Idéias presas em cativeiro, trancadas a sete chaves. Perdidas no tempo e desperdiçadas na oportunidade. Idéias de perna quebrada, com medo de andar. Idéias disfarçadas, maquiadas e mascaradas. A tentação que é proposta, nunca aceita, é deliciosa O meu preço é alto Não compra coragem, muito menos bravura. Minhas idéias são vendidas, embalo o problema pra presente, enfeito com laços e fitas.
Quem sabe alguém aceita...
-erika donin | |
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Mat Amnesiac
Número de Mensagens : 3142 Idade : 33 Localização : Bahia Humor : amnesiquiano Data de inscrição : 27/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex Mar 26, 2010 8:58 pm | |
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Última edição por Mat em Seg Mar 10, 2014 1:38 am, editado 1 vez(es) | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Seg Mar 29, 2010 12:00 pm | |
| Ah que bom que voltou a postar seus poemas Mat....senti falta...e Erih postando com maior frequência, muito bom mesmo...bom lá vai um poema de uma divagação que surgiu do som que o quadro fazia na parede, um som estranhamente bom..viajei demais..rs
O quadro e o vento
Estrada dura, haste das paisagens Aflora, peito que dorme...incalculável Pois que na imensidão dos ares, me sufoca o desespero Fosse antes o apego...fosse antes a Antares E nos meandros dos resquícios tenho o meu abrigo As ranhuras nos campos do fauno, nas películas dos meus poros Abraça-me tão forte as margens íngremes da minha infância Me beija com carinho a face Faz-me flutuar em paraísos, em sorrisos tão claros Faz-me engendrar um rio de lágrimas por essa tarde E à noite guardo em uma caixa todo o meu passado Passo fincada pelos teus olhos, não perceberás
Estrada dura, haste das paisagens E no centro, inocula seu nome alto E dorme cansada Agora o quadro que penduras na sala dos espelhos Insiste em balançar ao som do vento Insiste em balançar ao som do vento.
Thamires Machado | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Sáb Abr 10, 2010 4:22 pm | |
| Negativa ao particípio As coisas não têm fim, recuso-me a acreditar na existência do contrário Se olhar para outro céu me trará a fé de volta, recuso-me acreditar na finitude dos meus olhos porque me abraça bem forte a vida e o dia me diz: Não tem fim! Veja, ao meu redor as coisas andam se repetindo A fumaça se confunde com o ar Os amantes procriam palavras singelas E o amor não morre, pára... Tenho tentado gesticular minha fala, me fazer compreender Se cesso a voz por um instante me coloco na intensidade do universo Por que sou coisa inerente a mim mesma Portanto não tenho fim... Se me tirarem o sopro, ressurjo num abraço Se me cortarem os pulsos, não vou cair sozinha Me encontrem em uma poça de água suja Nas entranhas das unhas de um ferreiro No carbono que queima ao meio dia As coisas não têm fim, elas apenas param Para um recomeço adiante como se faz a espera em um amor platônico Num absoluto gesto de gentileza estrelas caem do céu para te mostrar o elo subscrito Em fragmentos de poemas andantes que atravessam os corredores da alma e desta forma desaguam em você a absoluta existência Fazendo com que todos os dias, todos os segundos ganhem pulsação Fazendo com que todos os versos sejam infinitamente meus! T.M. | |
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Agatha On a Friday
Número de Mensagens : 63 Idade : 30 Localização : In Limbo Data de inscrição : 12/02/2010
| Assunto: Re: Poemas Dom Abr 25, 2010 7:41 pm | |
| "E o amor não morre, pára..." Thami, tu sabe que te odeio.
Aqui embaixo fica algo que eu pari na frente do Leno, depois de dias e mais dias de infertilidade.
Esse poema é um pen drive. Minha vida é um computador. Informações decodificadas. Vou escrevendo no automático. Penso como uma televisão LCD. Embora LSD fosse bem melhor. Movo as mãos como as rodas de um carro traçando um caminho já usado por outros em direção ao infini...ito horizonte, onde meu costumeiro cinza metálico é saudavelmente poluído por arco-íris, onde meus olhos voarão com asas e não com aviões asfixiados por nuvens. Através de um poema, vou-me embora para o lugar acima dos arranhas-céus. Lá sou amigo de todos os extra-terrestres, seres verdadeiramente humanizados, talvez um pouco automaticáveis, mas nunca automaticados. Meus poemas mudarão de aspecto, eles jamais serão discos rígidos. E jamais serei uma pessoa rígida. | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Seg Abr 26, 2010 6:28 pm | |
| Agatha, muito legal a descaracterização contida no poema e também a flexibilidade do ser humano que mesmo comparado a uma máquina consegue superá-la por ser matéria viva, imprevisível e livre... Vou colocar um poema de descaracterização também...estava ouvindo Radiohead, HTTT, serviu como trilha...
Transitório
O aço funde-se ao cobre Dilata sangue em minha garganta e assim se regurgita a vida assim se dispõe a doer, a queimar, a sangrar assim se dispõe a também morrer
Como fui a outros tempos asfalto e passeei por entre seus olhos, Territorialmente seco e áspero vesti meu santo manto negro vaguei pela noite Solitário e infiel aos meus pensamentos Como fui um dia vento... Literalmente vento
Mirei ao longe os raios que despontavam Engoli sangue e suei toda a minha desigualdade Esgotaram-se todos os arrependimentos Como fui um dia vento... trafeguei sem rumo nas paisagens secretas Como fui um dia não apenas a um momento
Desloquei meu osso humano cantei o sofrimento em notas agudas Arrancaram-lhe as dobradiças da carne, e colaram-nas desarranjadas Andei descompassado e cambaleante aleijado e saturado como o tempo
Dos encontros que tive com o mar nos horizontes delirantes onde os homens escondem suas paixões jamais o reconheci sobre a imensidão dos cosmos Senti-me pequeno...mas nunca diminuído, nunca sem importância Me senti teu filho, irmão mais velho dos rios me senti a queda das cataratas E ainda me sinto sempre...
Descalço meus pés para tocá-lo Desnudo minha alma para deitar-me sobre ela Na noite se formam betumes no chão se dizem ser os pretos que sustentam a terra Se dizem ser a Terra das coisas incompreensíveis Onde me divido em diversas matérias Onde visto e me desvisto constantemente Onde sou vento, asfalto e queda... onde sou um corpo ausente
T.M. | |
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Agatha On a Friday
Número de Mensagens : 63 Idade : 30 Localização : In Limbo Data de inscrição : 12/02/2010
| Assunto: Re: Poemas Seg Abr 26, 2010 8:51 pm | |
| "me senti a queda das cataratas..." não consigo falar sobre os poemas sem repeti-los, aff fazia tempo que eu não via as cataratas e hoje elas apareceram no jornal, por causa das chuvas no sul enfim, nunca as vi fora da televisão, mas dá para perceber a intensidade da queda e, no poema, deu para "sentir"... ah, e me mata, mas eu tenho que comentar que pensei em você de ressaca quando li: "Andei descompassado e cambaleante aleijado e saturado como o tempo" enfim, aqui sou vento querendo alcançar distâncias... aqui sou asfalto pisado pelos outros... aqui sou queda, realizada por conta própria, às vezes beijos, gata! | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
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Dnn. OK Computer
Número de Mensagens : 1407 Localização : Porto Alegre Humor : Zorra Total (piadinha retardada ) Data de inscrição : 19/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Qui Abr 29, 2010 12:21 am | |
| Estamos correndo com tesouras em encontro com o mundo Não nos machucamos, nunca nos ferimos, apenas sangramos.
-Eu q | |
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Agatha On a Friday
Número de Mensagens : 63 Idade : 30 Localização : In Limbo Data de inscrição : 12/02/2010
| Assunto: Re: Poemas Qui Abr 29, 2010 7:45 pm | |
| Thami, difamei não... AHEJAUIOHEIUAH Cara, vou rezar para Buda nos ajudar Os meus poemas de ultimamente estão incompletos ... aqui vai outro. Estou me preparando para dar continuidade a uma história de um garoto homossexual. Está mais fácil narrar uma história do que compor um poema. Mas vamos à luta.
Meu arqui-inimigo alienado
Tu, que dormes de olhos abertos, é bom saber que te odeio deveras. E também não adianta dizeres que me odeias igual ou mais intensamente. Tu não me odeias nem um pouco. Tu não me amas nem um pouco. Tu não sentes absolutamente nada. Tu és o famoso poeta pós-moderno. Tu és o andróide (in)visível a cada esquina.
Tu, surpreendi-me quando te vi assim: com fios presos nas cavidades auditivas; borracha no tênis dispendioso, miolos nos pés; deixando uma corrente sufocar-te o pescoço; metal no braço dizendo-te o momento certo para a repetição do repetido dia de ontem; ferros assustadores no próprio sorriso infeliz. És sintético nos prolongamentos do teu corpo, não nos da alma, porque eles não existem.
Tu que te glorificas por não veres televisão, não percebes que simplesmente a substituiste por horas inúteis em lan house e notebook e videogames minúsculos e isto e aquilo, eletricidade que choca teus neurônios já retardados. Seu nerd-projeção-de-engenheiro que esqueceu (ou, pior ainda, nunca chegou a aprender) o significado de protagonismo juvenil.
Naceste na revolução técnico-científico (podes chamá-la de época da comunicação), que tem, como resultado da ausência de diálogos, apenas tu, que não utilizas o tu corretamente.
29.02.2010 | |
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Agatha On a Friday
Número de Mensagens : 63 Idade : 30 Localização : In Limbo Data de inscrição : 12/02/2010
| Assunto: Re: Poemas Qui Abr 29, 2010 7:48 pm | |
| Errata: Que HORRÍVEL, falta um "s" em "naceste". Er, eu não sou tão burra... UEHAIOUHEIA. | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex Abr 30, 2010 6:21 pm | |
| Este alienado, não é conhecido por nós, ou é? Bom se é uma saga de poemas com as aventuras desse garoto Alienado, estou esperando os próximos | |
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Agatha On a Friday
Número de Mensagens : 63 Idade : 30 Localização : In Limbo Data de inscrição : 12/02/2010
| Assunto: Re: Poemas Sex maio 07, 2010 2:31 am | |
| Não... são os meus amiguinhos. É isso que eu penso dos meus amigos, uaheoihae. Fazer o quê. Cara, vou tentar escrever mais sobre eles. Mas talvez saia o contrário. Nunca se sabe. Talvez eu acabe é fazendo um poema romântico... E você, hein? Cadê os seus? u_ú | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex maio 14, 2010 1:34 pm | |
| Franco Atirador, duas confissões( Der Freischutz)
- Ele rasgou o meu ventre. Limparam-lhe o sangue Cortaram assim os nossos laços Tiraram-me dos braços e o carregaram para longe, para longe...
A glória de um dia explorado a última gota Passarei a tuas mãos o meu orgulho e minha passividade Contarei até o infinito, e não se esgotará A arma que carrego às mãos me torna um soldado manco Marchando sem direção... Dormem aos montes um fardo de homens Dormem eternamente e também no peito de quem os vela
Um pagão cansado desnivela teus pensamentos, foge do tempo Não consegue causar nenhum espanto a si mesmo Há de se perguntar se é homem ou um animal Dignidade maior não há de ter..há de ser apenas um farol distante E eu reluto a entregar-me a esta terra...reluto..canso-me diversas vezes
Este céu que abriga a imensidão, trincado à morte dos meus caros sonhos Este céu que já foi meu abrigo, hoje é a morada dos meus castigos Onde a cabeça pende ao lado errado, onde caem minhas mentiras Relutarei mas por diversas vezes canso A mão ao longe me chora um canto de amor A mão ao longe me arranca a inocência Perdoe-me, fraquejei aos teus olhos Perdoe-me não ter palavras bonitas na garganta O que é belo para mim se revela no raiar de um novo dia Quando meus pés gélidos marcham acima dos meus medos Quando sou sincero e desmedidamente homem E empunho de um lado a balança e do outro, a espada E sussurro a mim mesmo: “Sou um franco atirador!”
No amanhecer de cada dia te escrevo estas palavras Vejo do lado um chão tortuoso e uma moça num escapulário Vejo o que não via a um segundo Quero te dizer que foram dias difíceis, são ainda Cada dia que escrevo é uma morte a menos É uma luz que se revela timidamente Um estrela cintilante
Se fez da natureza a ordem natural das coisas... Embarcou na tragédia que o pôs neste mundo E que o tirara com infinitudes e com saudades Prepara-se para nascer em outro traço o franco atirador morre dilacerado e sua alma se avista em constelações ascendentes
- Ele rasgou o meu ventre..escorrera-se o sangue Cortaram assim os nossos laços... Tiraram-me dos braços e o carregaram para longe, para longe...
T.M.
nota : Existem dois personagens, a mãe e o filho que trava uma guerra não sabemos se interna ou externa, não dialogam entre si mais trazem memórias que se interligam..só trouxe essa informação para não ficar tão confuso o texto e também porque postarei mais alguns poemas de mesmo título que trata da mesma história. Espero que gostem e leiam...afinal o tópico anda abandonado, não deixem ele morrer... | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Qui maio 27, 2010 12:55 pm | |
| Der Freischutz
um copo para baixo, um rosto para o lado contrário coisas esparsas, coisas leves ou tão leves quanto poderiam calçadas que rumam para o nada, dentro de um copo para baixo a lama para baixo a alma...
T.M. | |
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Dnn. OK Computer
Número de Mensagens : 1407 Localização : Porto Alegre Humor : Zorra Total (piadinha retardada ) Data de inscrição : 19/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex Jun 18, 2010 7:10 pm | |
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Última edição por Dnn. em Qui maio 05, 2011 11:19 pm, editado 1 vez(es) | |
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DenyYourMaker The Bends
Número de Mensagens : 510 Idade : 35 Humor : /heretique Data de inscrição : 01/01/2009
| Assunto: Re: Poemas Seg Jun 21, 2010 6:09 pm | |
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Radio Pablo Honey
Número de Mensagens : 441 Idade : 37 Localização : Ribeirão Preto Humor : Social Data de inscrição : 24/03/2009
| Assunto: Re: Poemas Dom Jun 27, 2010 8:05 pm | |
| - DenyYourMaker escreveu:
- puta que pariu
E aqui vai o meu poema: -Eu sou um gerúndio. | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Ter Jul 20, 2010 4:29 pm | |
| A noite estrelada
Onde estão essas almas, pintor? Colocou-as dentro da caixa de sapatos Colocou-as em sílabas prensadas impregnadas no teu cheiro? São sacos de palavras sufocadas no teu pranto São angustias demarcadas, contempladas no teu canto?
Como vão as crianças, pintor? Tem rabiscado os teus olhos E segurado nos teus braços para que não corram para longe?
A saliva redundante foi cuspida na minha cara os instantes rodopiam pela sala enquanto todos dormem no chão da varanda enquanto todos dormem no canto da porta
Hoje todos falam de ti, pintor mas ninguém antes ousou sentir a tua dor.
T.M. | |
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| Assunto: Re: Poemas | |
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| Poemas | |
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