A fase mais sombria do Radiohead...

em Pyramid eu vejo menos ainda.. heuehue

mas enfim, é questão de interpretação...

Por isso que Hail to Thief é o meu album preferido disparadamente do outros!! 2+2=5, The Gloaming, A Wolf of the Door, Where I End and You Begin, Sit Down. Stand Up..uma musica melhor que a outra e ainda tem There There.mx..e mais ainda.o melhor! as letras das musicas eu acho muito s2

foi com There There que eu conheci RH

voce conheceu em 2003 tambem Rafa ?

a musica que eu conheci Radiohead foi 2=2=5 e A Wolf of the Door ..por isso que eu amo elas .. depois eu me viciei muito com Lucky.

Também vejo PS como uma espécie de amadurecimento e vejo como um ponto de equilíbrio entre Creep e HTDC. Vejam: em Creep e HTDC há um certo inconformismo em relação ao que os outros pensam e em PS já existe uma compreensão de que a vida de fato se move em círculos (ou ciclos), ou seja, "a vida é assim mesmo" e "quer saber, tô de saco cheio e que se dane o resto!!" Para mim que ainda acompanho desde os primórdios - e existe uma bela distância entre Pablo Honey, The Bends e OKC, dêem uma olhada em "Black Star" e "Subterranean Homesick Alien" (nesta letra, nem tudo o que parece ser de fato é). Há um paralelo entre as letras - ao menos para mim existe - cuja tradução e leitura exigem um certo cuidado, ok? Go ahead!!

Certamente, Barsan!
Eu usei "amadurecimento" talvez não seja essa palavra msm, Rafa! Mas quis dizer que o "eu" saí de uma análise situacional "vc estar deslocado em um lugar e querer ser mais que isso". Em HTDC acho que este "eu" se busca uma total evolução existencial, a anulação total do "eu", ele quer se abstrair não só do local, estar longe dalí é algo bem mais amplo "espiritual" , total "elevação" seria acho, a melhor palavra!

como se ele tivesse encontrado a maneira de solucionar a situação?

Rafa, não diria que ele teria encontrado a solução mas sim, confuso ainda sobre o que seria a melhor solução. Será que sumir e jamais ser encontrado seria uma boa também para quem fica?

é, mas parece que não havia ngm pra se importar com ele

'i wish wi was special'
'i don't belong here'

Não acho que era exatamente oq ele queria. Mas sim era uma condição, um estado de espirito.

Algumas pessoas pensam que tristeza ou melancolia, é algo que vc deseja, como se fosse uma condição que desse para escolher, eu mesmo caio em abismos que sinceramente não queria cair mas certas coisas vc sente simplesmente, é um estar digamos, inevitável.

HTDC é desoladoramente essa condição de vc querer sumir, como se nada mais importasse ou valesse a pena e ao mesmo tempo como se não houvesse outro caminho, chega a ser desesperador, o "sussurro" no final da música é chocante pra mim...

Rafa-RH escreveu:

como se ele tivesse encontrado a maneira de solucionar a situação?

Em síntese, é isso ae, Rafa. Eu diria que Creep é "egótica" no bom sentido, toda perturbação do "Eu" tem a ver com o ego, dá sinais de elevação, "I wanna a perfect soul", na minha interpretação, uma alma que deseja mais que só aquilo que na verdade não tem valor, e "I dont belong here", tá dito, não pertenço a esse lugar. Em HTDC, o "eu" é muito mais "alma" já encontrou o caminho e sabe como abstrair do ambiente "hostil", é só se livrar dele msm, adquire uma "alma" além do corporeo e pode simplesmente "transcender" da situação ruim, deixando o "eu" pra trás, ele já não é importante "That's not me "!
HTDC é perfeita, ela denota a "plenitude" que o "eu " de Creeep não sabe ainda como alçançar. Eu não consigo explicar o que sinto em relação a ela, difícil colocar em palavras, mas acho que é isso!

Não acho que ela seja triste, não dá forma literal, é um consolo vc saber como coisas "pequenas e desconfortáveis "não vão mais te abater ou te anular, vc simplesmente pensa "não estou aqui, isso não está acontecendo", pq na verdade, não te afeta mais, entendem?

É isso aí, ruth concordo muito contigo ainda mais se pensarmos que Creep tem algo meio juvenil e essa coisa de existencialismo (meu lugar no mundo) ainda é confuso em alguém jovem. Já em HTDC, você já passou desta fase, já encontrou seu lugar mas tem aquelas horas que como diria minha mãe em seus momentos de raiva "que dá vontade de sair pelo mundo afora e largar tudo aí". Entende? Mas tudo passa um dia.

apreciei bem mais essa sua explicação ruth
fez bastante sentido agora

O Michael Stipe foi quem "ensinou" ao Thom essa prática "pensa que vc não está aqui". Ele foi a motivação pra essa letra linda! Segundo o próprio Thom, ele usa isso como exercício mental msm!

Mas isso não anula a dor pra mim. Para mim isso é dramaticamente sufocante...

Oi gente. Eu adoro a fase sombria do radiohead, acho que ali se encontram as melhores composições do grupo. Minha cançõa predileta é "knives out" e meu dico favorito é "Kid a". Não gosto da fase "the bends".

mas o Bends é bem dramático... não sombrio, mas dramático

The Bends é dramatico pra mim sim. Eu me considero dramatico, recorro a esse disco sempre que entre numa crise.

Aí que está. As pessoas acusam agente de xiita (pelo menos a mim muito) mas nossa "vantagem" é que não tem dessa. Podemos não ouvir tanto um disco da banda, mas procuramos entender o momento, a fase, a proposta do grupo e estudar suas novas motivações. É complicado mas de certa forma, é fato, sabemos oq estamos falando, ou pelo menos é muito proximo de uma verdade. questao de "justiça" e coerencia com quem estaá ali, sempre a ouvir os caras, como amigos intimos de um poeta, sempre os primeiros a ler e entender sua poesia.

Amo Knives Out. Se fosse obrigado a escolher "A Canção" dos Radiohead, seria ela, sem dúvida.

=]

Engraçado como o The Bends por ser mais pop é mal compreendido as vzs (nem estou falando do Mat, tem sim todo direito de não gostar), mas tipo, canções como Nice Dream, FPT, Street Spirit trazem ou no som ou na letra algo muito além do simples rótulo de "pop". Estes dias tava analisando o próprio The Bends,o som, tem pontos de análise bem mais densos do que parece "Where do we go from here " é um verso que dá chave pra muita interpretação, não é?

Também concordo a propósito de The Bends ser um disco dramático ainda mais se analizarmos a história:

1) um disco com letras que foram escritas durante a turnê de promoção do Pablo Honey;
2) a pressão para repetir o estouro de Creep;
3) músicas e letras testadas por caras bêbados, cansados e sempre em ônibus ou quartos de hotel;
4) a síndrome do segundo álbum e a tentativa de provar que a banda não seria "um pônei de um truque só";
5) e pra fechar ainda tinha o Nirvana arrebatando uma legião de moleques com o grunge.

Como não tinha que ser um disco dramático? O bom disso tudo foi saber que quem tem competência realmente se estabelece e a máxima foi definitivamente comprovada por eles a partir do próprio The Bends.

ps.: acredito que dizer que TB é pop seja um equívico ainda mais pegando a música que pra mim já denunciava que os caras estavam indo além do imaginário que é Planet Telex.

Barsan escreveu:

ainda mais pegando a música que pra mim já denunciava que os caras estavam indo além do imaginário que é Planet Telex.

humm, sempre pensei isso! *_*
planet telex se destaca incrivelmente no TB e dá pistas do que eles iriam se tornar e prova que a mudança em momento algum foi tão brutal

outra coisa eu ia falar mas esqueci...

Eu adoro qdo alguém acha algo em sons que não acho nada, rs,sem ironia, gosto msm!

Agora Barsan, eu acho o The Bends pop sim, cheio de sons chicletudos e seus refrões. Mas é que pop hj virou quase uma palavrão, desqualifica, na época nem era, há hj uma seração entre "cult" e "pop" que não chegava a ser uma preocupação na época, vc tem discos pop muito conceituais até. Veja que a propria RH classifica o OKC como pop, só pra nossa reflexão. Mas, concordo com os pontos que vc levantou, estão precisos, ví uma entrevista do Thom falando de que nos discos que seguiram o OKC, a pressão era menor, não havia o medo de errar com antes e tal. E claro, no The Bends eram ainda uma banda buscando espaço.
Discordo talvez que eles tivessem disputado espaço com o grunge, especialmente Nirvana, eles incorporaram muitos elementos do grunge, My Iron Lung é um exemplo clássico pra mim, tem muito de Nirvana e distorções do grunge, no mais, eram fãs de Nirvana tbm.

Sou viciado na fase sombria. O Kid a o amnesiac, principalmente, adoro aquelas composições, para mim é o máximo do talento de thom, tanto nas letras, quanto nas melodias, quanto, também, nos trabalhos gráficos, capas e etc.. Adoro! Adoro mesmo!... Os clips são fantásticos, Knives out, pyramid song, tudo! Sem dúvidas é a melhor fase.

ruth escreveu:

Discordo talvez que eles tivessem disputado espaço com o grunge, especialmente Nirvana, eles incorporaram muitos elementos do grunge, My Iron Lung é um exemplo clássico pra mim, tem muito de Nirvana e distorções do grunge, no mais, eram fãs de Nirvana tbm.

Desculpe ruth mas, não quis dizer que eles disputavam com o Nirvana, inclusive nesta época lembro que tudo que apareceu fazendo algum burburinho - até o RH - era considerado grunge. O que eu quis dizer é que quando o Nirvana estourou para o mundo, muita coisa boa foi ofuscada ou mesmo taxada de cópia, além do que a partir daquele momento, o rock não seria mais o mesmo.

Beatles era pop e hoje é cult
i mean... se vc for REALMENTE fã de Beatles e não só de Twist and Shout


a letra de High And Dry

totalmente melancólica