| Poemas | |
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Autor | Mensagem |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
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Radiohead Brasil Administrador
Número de Mensagens : 1539 Localização : Andrômeda Data de inscrição : 10/10/2008
| Assunto: Re: Poemas Sex Ago 21, 2009 5:06 pm | |
| Poderia te passar por msn... | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex Ago 21, 2009 5:48 pm | |
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Última edição por Thamires em Sex Ago 21, 2009 7:34 pm, editado 1 vez(es) | |
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Radiohead Brasil Administrador
Número de Mensagens : 1539 Localização : Andrômeda Data de inscrição : 10/10/2008
| Assunto: Re: Poemas Sex Ago 21, 2009 6:31 pm | |
| Não ri... | |
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Mat Amnesiac
Número de Mensagens : 3142 Idade : 33 Localização : Bahia Humor : amnesiquiano Data de inscrição : 27/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex Ago 21, 2009 6:37 pm | |
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Última edição por Mat em Seg Mar 10, 2014 1:06 am, editado 1 vez(es) | |
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Radiohead Brasil Administrador
Número de Mensagens : 1539 Localização : Andrômeda Data de inscrição : 10/10/2008
| Assunto: Re: Poemas Sáb Ago 22, 2009 6:24 pm | |
| Poemaço Mat, oq mais gostei até agora de ler seu.
A príncipio vc parece descrever o nascimento como se morte fosse, essa dualidade é indescrítivel, mas na verdade, é como se a vida estivesse morrendo, o ato de nascer como um avesso trágico narrado com precisão de uma versibilidade agonizante. Uma pequena obra prima na minha opnião. | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Dom Ago 23, 2009 4:15 pm | |
| Poemaço Mat, oq mais gostei até agora de ler seu. [2] | |
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Mat Amnesiac
Número de Mensagens : 3142 Idade : 33 Localização : Bahia Humor : amnesiquiano Data de inscrição : 27/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Dom Ago 23, 2009 4:44 pm | |
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Última edição por Mat em Seg Mar 10, 2014 1:07 am, editado 1 vez(es) | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Seg Ago 24, 2009 7:19 pm | |
| Poxa Mat o site está em francês né? Ah, mas mesmo assim achei legal, em breve vou postar mais alguns poemas. | |
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Mat Amnesiac
Número de Mensagens : 3142 Idade : 33 Localização : Bahia Humor : amnesiquiano Data de inscrição : 27/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Seg Ago 24, 2009 7:34 pm | |
| - Thamires escreveu:
- Poxa Mat o site está em francês né? Ah, mas mesmo assim achei legal, em breve vou postar mais alguns poemas.
Mas, tem tradução pra inglês do poemas. É bem legal e bonito o site. Que bom q vc curtiu. | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Qua Ago 26, 2009 2:53 pm | |
| Bom demorei pra postar e pra mostrar que a vida é essa dualidade inconstante, vou postar um poema diferente ao extremo do que Mat escreveu. Em homenagem a minha avó que perdi quanto tinha 8 anos, a perda mais significativa pra mim até agora.
Despedida
Entenda o meu dilaceramento perante a estrela que se apagou Enxuguem meu pranto meu sofrimento Que por dentro me matou.
Essa porta que não abre Fez-me arrombar essa janela Avançando num escuro Que roubava o brilho dela.
Eras antes figurada, radiante esplendor Encontra-se pálida, frágil esquálida Minha aurora! Minha amada já não causas mais fulgor.
Me encontro aturdida eras a minha flor mais linda Eras a explicação do amor Hoje é a lembrança mais bonita Numa foto distorcida que me causa tanta dor.
Bom, este poema foi escrito a sete anos atrás e hoje eu achei e resolvi postar. No dia da sua morte eu não sabia(era muito nova) e como eu costumava entrar na casa dela pela janela e não pela porta que só abria por dentro fiquei extremamente chocada quando vi todos chorando e me lembro de me esconder debaixo da mesa o dia todo e ninguém sabia onde eu estava.Bom este poema aí é um pedaço de uma criança. | |
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Mat Amnesiac
Número de Mensagens : 3142 Idade : 33 Localização : Bahia Humor : amnesiquiano Data de inscrição : 27/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Qua Ago 26, 2009 6:53 pm | |
| Belas rimas!! De fato você expressa um sentimento de perda bastante íntimo. Parece se esconder sobre o choro e o trauma da morte de um ente querido, É um poema bem inocente. Diz a vontade de estar sempre preso ao seio carinhoso da natureza. Parabéns. | |
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Skanker KID A
Número de Mensagens : 2250 Localização : Mogi Guaçu - SP Humor : Com preguiça de floodar Data de inscrição : 05/01/2009
| Assunto: Re: Poemas Qua Ago 26, 2009 7:05 pm | |
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Radiohead Brasil Administrador
Número de Mensagens : 1539 Localização : Andrômeda Data de inscrição : 10/10/2008
| Assunto: Re: Poemas Qua Ago 26, 2009 7:08 pm | |
| "este poema aí é um pedaço de uma criança"
Muito lindo teus versos, tão densos para uma criança.
"Entenda o meu dilaceramento" Acho que aí vc nos entrega todo o poema. Adentramos um mundo que não compreendemos, o mundo da dor, tua dor indivizível, intranferivel, numa especie de "cancer solitário" que afeta a alma...A alma de uma criança. Irretocavelmente frágil e sincera. | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Qua Ago 26, 2009 11:13 pm | |
| Quando o fiz não era mais uma criança, era uma adolescente, tinha uns 15 anos lia muitos poemas e era fissurada nisto, minha mãe me deu um diário e nele eu escrevia muitos poemas, desta fase o único que eu achei relevante foi esse. Obrigada pelas belas palavras Mat, Leno, Skanker. Como sempre vocês tem um grande poder de síntese e sempre interpretam belíssimamente meus versos.O que posso dizer é que aguardo os versos de vocês ansiosamente! P.S.: Leno me deve uma melodia gravada com letra, eu não esqueci!!!
Última edição por thami em Sex Set 17, 2010 2:38 pm, editado 1 vez(es) | |
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Skanker KID A
Número de Mensagens : 2250 Localização : Mogi Guaçu - SP Humor : Com preguiça de floodar Data de inscrição : 05/01/2009
| Assunto: Re: Poemas Qui Ago 27, 2009 4:41 pm | |
| Meus versos? Não escrevo, só fico apreciando vocês por aqui | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Qui Ago 27, 2009 7:58 pm | |
| Não são seus versos não, me referi à Mat e Leno, rsrs, apenas agradeci seu comentário. | |
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Skanker KID A
Número de Mensagens : 2250 Localização : Mogi Guaçu - SP Humor : Com preguiça de floodar Data de inscrição : 05/01/2009
| Assunto: Re: Poemas Qui Ago 27, 2009 8:54 pm | |
| Ahhh, sim... | |
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Radiohead Brasil Administrador
Número de Mensagens : 1539 Localização : Andrômeda Data de inscrição : 10/10/2008
| Assunto: Re: Poemas Sex Ago 28, 2009 11:58 am | |
| ARRANHANDO A MANHÃ Há um abismo entre o eu e essa manhã? Desconheço as intenções do dia, mas sei que há ventos que sopram longe... O vácuo entre a matéria e o espírito sou eu atravessando a esquina Entre um naufrágio e os diálogos das sombras das árvores melindrosas. Despedaço cada gota da tempestade A força dos dentes do destino rasga os sentimentos indefesos Como uma febre de aço se apossando envenenadamente Socorro deus! Sou ácido a mim mesmo Há um abismo entre o eu e essa manhã? Capaz de cintilar a dor avessa Capaz de parafrasear os gritos dos indomáveis poetas Capaz de poluir a intrépida anacronia dos passos Capaz de possuir o corpo da eternidade apenas por uma noite. Há um abismo entre o eu e essa manhã? Que afunda começando pelas pontas dos dedos Que geme a filha aprisionada pelo coração dos pais Que sapateia como o menino cinematográfico Que nos mostra as silhuetas dos espaços interiores. Há um abismo entre o eu e essa manhã? Como o olhar da moça solitária a espera do que me é desconhecido. Como o abrir e fechar de portas de uma dimensão inalcançável. Contemplo as flores como quem contemplo um poema. Elas me dizem.. Há um abismo entre o eu e essa manhã? Nos pequenos átomos de cada olhar Na indemonstrável reencarnação dos sentidos Na pele lisa do futuro Na face petrificada dos antepassados íntimos Na bandeira tremulando num deserto enluarado Nas trocas de caricias entre solidões temporárias No dialogo entre as lágrimas antes delas partirem despencando para o mundo Na troca de olhares entre a ponta dos pés e a extremidade... João Leno Lima 28-08-09 | |
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Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex Ago 28, 2009 7:34 pm | |
| Nossa, lindos versos, meu verso favorito: "Há um abismo entre o eu e essa manhã?...Capaz de possuir o corpo da eternidade apenas por uma noite." Essa manhã me parece quase que inalcançável por que a noite é significativa demais, tudo está ocorrendo no espaço você e manhã(e o abismo os separa e os une ao mesmo tempo), não sei se consegui expressar direito. | |
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Mat Amnesiac
Número de Mensagens : 3142 Idade : 33 Localização : Bahia Humor : amnesiquiano Data de inscrição : 27/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex Ago 28, 2009 10:28 pm | |
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Última edição por Mat em Seg Mar 10, 2014 1:08 am, editado 1 vez(es) | |
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Mat Amnesiac
Número de Mensagens : 3142 Idade : 33 Localização : Bahia Humor : amnesiquiano Data de inscrição : 27/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Sex Ago 28, 2009 10:38 pm | |
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Última edição por Mat em Seg Mar 10, 2014 1:08 am, editado 1 vez(es) | |
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Radiohead Brasil Administrador
Número de Mensagens : 1539 Localização : Andrômeda Data de inscrição : 10/10/2008
| Assunto: Re: Poemas Sáb Ago 29, 2009 12:11 pm | |
| O Trágico pode ser belo? ou o inverso disso...
Isso me lembrou o filme "As horas" baseado num romance que foi baseado num livro da Virginia Wolf. Três personagens em três períodos de tempos são entrelaçados pelo romance. Laura (um dos meus preferidos) tinha essaoculta naturalidade no ar...Mas dentro de si a tempestade começa a ser um dos órgãos da sua alma. | |
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Radiohead Brasil Administrador
Número de Mensagens : 1539 Localização : Andrômeda Data de inscrição : 10/10/2008
| Assunto: Re: Poemas Sáb Ago 29, 2009 12:12 pm | |
| NU DESCENDO A ESCADA
O caos...o caos... Dezenas de crianças suicidam-se no meu reflexo Milhares de ratos constroem uma ratoeira para o meu silencio Centenas de abutres malabaristas me lambem como uma carcaça onipresente Duas mulheres motociclistas cospem no meu rosto desaparecido Enumeráveis flores mortais e cogumelos trapezistas defecam no meu cérebro Dois talvez três homens engravatados vêem em mim possibilidades financeiras Cinco cartomantes se sentiram enlouquecidas pela minha forma fantasma Dois segundos foi tempo em que esqueci do tempo Um minuto para não falar palavras objetos Quinze mendigos histéricos perseguem-me estaticamente Seis menores abandonados pedem-me moedas genocidas Quatro cães farejadores vasculham minha sombra grisalhamente envergonhada Sete prostitutas brincam de roleta russa no meu fôlego Doze velhinhas pederastas transformam o asilo em um cabaré transcendental a minha margem uma virgem se joga dos arranha céus desabando ao meu lado dois pintores cubistas se sentem inspirados na deformação do meu sorriso ”os símbolos!...os símbolos!...” dois Mozarts limpam os pára-brisas de uma mulher ninfomaníaca que faz sexo com o espelho um policial e duas freiras pisoteiam uma trombadinha que roubou a carteira de um adolescente oco Incontáveis abismos se sentem atraídos por mim e hélices da monotonia cortam-me o pescoço Dezessete ancoras me afundam dentro de um copo d água poluído pela melancolia Oito semáforos atômicos se fundem como células-camisa de força pelos meus calcanhares Onze arquitetos esquizofrênicos desenham casas de vidro sobre meu rastro Vinte e cinco privadas nascem na minha impressão digital Um caos duas evangélicas com seus vibradores desesperados entre milhões de buzinas Três janelas uma porta dois olhares dois braços quebrados pelo nada dezoito elefantes cósmicos Um necrotério penteando o cabelo sobre minha respiração controlada por satélites Dez vezes no dia fui confundido com um objeto Dois marxistas me entregam bilhetes necrofilos Seis hippes capilalistas me oferecem cordões em troca da minha invisibilidade caustroforbica Dois poetas vomitam manifestos niilistas sobre meus versos cotidianos Uma mãe viúva e um revolucionário cego assistem televisão nas minhas ruínas Um terrorista existencialista prepara uma bomba atômica dentro da minha boca Sete panfletos anti-globalizaçao apontam-me um revolver roubado de um comerciante analfabeto Quatro neonazistas três lideres religiosos sadomasoquistas e dois políticos sem expressão brincam de cabra cega sobre meu auto-retrato Um acadêmico pos-moderno cuspiu em mim ao falar seus verbos em curtos circuitos dos paradoxos da modernidade Um artista geométrico me ofereceu antidepressivos na calçada Um Platão me ofereceu seu livro a Republica filósofos autodidatas me ofereceram remédio controlados Incalculáveis vezes em incalculáveis instantes das horas fico preso pelos quatro cantos da engrenagem Três Sartres cortam seus pulsos dezenove quadrados nascem do meu tédio de não-ser Mais duas esquinas três túneis um ônibus quatro cadeiras vazias Um vazio Um nada Ninguém só O caos!...o caos.!..
TITULO DO QUADRO DE MARCEL DUCHAMP “NU DESCENDO UMA ESCADA” | |
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Mat Amnesiac
Número de Mensagens : 3142 Idade : 33 Localização : Bahia Humor : amnesiquiano Data de inscrição : 27/06/2009
| Assunto: Re: Poemas Sáb Ago 29, 2009 2:50 pm | |
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Última edição por Mat em Seg Mar 10, 2014 1:09 am, editado 1 vez(es) | |
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