Poemas

O título é solar solarina só, eu apenas juntei pra dar um efeito de continuidade e solidão..
valeu pelo comentário..

vou pôr um meu aqui pela primeira vez


Um Pedido...

Tanta coisa pra falar
Mas acaba-se decidido por calar
Quis ter o poder de, por orgulho, não sofrer
Mas já não é meu coração que bate em meu peito
Há tempos cedeu seu lugar a um outro
A um que, por não ter por quem bater, resolveu em mim se esconder
Maldita permissão dada por minh'alma
Esta que, de tão calejada, já desaprendeu a se defender
Volta, coração! O meu, não mais o seu
Talvez ainda traga consigo a alegria de esperar por amor
Se quiseres, ainda me lembro. Vaga lembrança, reconheço
Portanto, traga mais daquela paz
Pois sem ti, não posso mais.

- Rafael Henrique

Bom poema, Rafa!

"Tanta coisa pra falar
Mas acaba-se decidido por calar"

Acabei encontrando uma semelhança disso com você mesmo aqui no tópico.

Belíssimo, rafa! Olha só quantos poetas se revelando!!
O seu poema é uma prece, um clamor.
Vou comer agora
e comento mais tarde, ok?

Skanker escreveu:

Bom poema, Rafa!

"Tanta coisa pra falar
Mas acaba-se decidido por calar"

Acabei encontrando uma semelhança disso com você mesmo aqui no tópico.

haha, fale-me mais sobre isso
provavelmente eu sou sempre assim mesmo

è,
vc é meio o "patriarca" do forum, sabe?

Os poemas da Thamy e do Rafa parecem dois belos e latejantes salmos...

TROMBETA

















A Única razão me ensurdece... o sonho...




















João Leno Lima

Bom vou começar falando do poema do Rafa..belo poema, nele se vê o eterno desespero de quem ama e se entrega ao outro que por muitas vezes suga mais do seu ser e você acaba por viver pelo outro e em função dele, espero que poste mais para podermos conhecer um pouco mais do seu lado poeta, Ahhh Leno, obrigada, espero seus lindos versos, posta mais!!!
P.S: Hum, Trombeta(poema para um dia atribulado, em que poucas palavras descrevem sentimentos intensos)Lindo e único verso.

Ubi societas




Mais que palavras que cruzaram o infinito esmo
Numa tarde qualquer na mente de alguém
Mais que estrondos vindos de um outro beco
Nas familiaridades das perdas
Cate, qualquer sopro de quem
Não mais si quer, não trova bem.

Mais que uma puríssima ilusão que não se esconde
Naquela favela daquele seu moço.
Numa esquizofrenia de casos que se deixa ler
Nas entrelinhas do caixa pra te dar o troco
Para não viver, para não sofrer
Basta cantar o teu olhar em outro rosto
Basta cair e levantar de novo
Basta comer e se banhar no poço
Basta nascer filho de gafanhoto
Para não viver e não sofrer
Basta vomitar e regurgitar o todo.





Thamires Machado

Muito além das coisas visíveis, as coisas sentidas formam a verdadeira realidade.
Algumas pessoas "acusam" os poetas de serem "sonhadores" ou viverem "outra" realidade...Engano, puro engano...A realidade mesmo não se faz dentro "apenas" das coisas visíveis...mas dentro do próprio eu...Ali, num turbilhao de emoções diárias..imperceptíveis...

Nas familiaridades das perdas
Cate, qualquer sopro de quem
Não mais si quer, não trova bem.

(genial)

A poesia, trágica, dramatica, enfomeada, fracassada, desejada, sonhada, vivida ou não-vivida é a verdaderia realidade...

DIALOGO DO MOVIMENTO















...Eu... mãos...páginas...poemas...poesia...outras mãos...olhar...sentimentos...eu...




















João Leno Lima

Redenção

Cruelmente assassinado
Executado pela décima vez .

Nossas vidas condenadas
Estranguladas na multidão.

O rapaz já velho
pensa em redenção
No que não foi sua culpa
No que não ouviu a razão.

 

Realmente... Fodão o dela.
Os do Leno são... Rápidos
Os da Thami (agora é Thami...) não li ainda, porque estou com sono. Se eu ler algo "grande", vou dormir.

 

Só sinto que esse poema é só o começo...
Não chegou no orgasmo, chegou?

CARTA A ÁLVARO DE CAMPOS






















Só o que me cura é o avesso do possível...


















João Leno Lima

Leno invocou em fazer poemas de uma frase, hein?

Algumas fases nem palavra uso...chamo de uma momento "minimalista" Preciso desses pequenos versos-reflexão enquanto reencontro a mim mesmo...

Você poderia escrever vérios desses versinhos e depois tentar juntar todos eles em um poema só... Acho que o resultado seria interessantíssimo!

Enquanto não reencontro os versos e tramo reflexões minimalistas, Mat continua um Rimbuad voraz consumindo aquilo que parece inalcançavel...

Em "Versos da putaria" verso predominamente descritivo, arido, plano, que não deixa espaço pra imaginação mais maneiristas e sim linearmente se constroi consumido pelo choque, o poeta quer chocar, constranger o invisível, não é uma experiencia que está sendo poetizada e sim o desejo transformado em ode ao próprio leitor aprisionado pelo poema.

É... O objetivo parece ser chocar o leitor mesmo.

Leno, gostei dessa idéia de poemas de um só verso. Reflexão, procura de si mesmo...
parece a desolação de Treenfingers....

ps: obrigado pelo comentário. O choque, a atração e a repulsa violentas são os objetivos da minha literatura brutal.

Se for relacionar com uma música, relacionaria com Pulk Pull/Revolving Doors.
Primeiro: Fala-se de portas... Abrir portas, reflexão... Sinto que é isso que o Leno quer.
Esqueci o resto que eu ia falar.