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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 4:48 pm

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Última edição por thami em Sex Set 17, 2010 1:58 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 6:59 pm

Thamires escreveu:
Poemas - Página 15 Menina-Chorando5
AHAHAHA
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 9:07 pm

DenyYourMaker escreveu:
Thamires escreveu:
Poemas - Página 15 Menina-Chorando5
AHAHAHA


Queria saber, qual a graça? ....
mas conta logo pra n perder a piada...
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 9:18 pm

Sempre rio das tonteiras do Deny Laughing
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 9:41 pm

ou vc sente isso ao ver o desenho, ou você sente isso ao ver o desenho acompanhando um "poema" ou você deixa os outros sentirem. It's simple.
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 10:03 pm

Olha o problema é sério hein? Você pode sentir o que quiser, aliás existem no mundo reações das mais absurdas possíveis, então porque não reagir desta forma? Outra coisa, é um desenho qualquer peguei e coloquei, poderia até ser um palhaço ou um idiota ou quem sabe até um charlie brown?? Enfim, qualquer desenho, e certamente sua reação seria melhor justificada...da próxima vou pensar nisso pra você se sentir mais valorizado....oks?
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 10:16 pm

A graça é provocar, é simples.

O sujeito que está do outro lado do Pc gosta disso THami, se sente bem "instigando" aquele pessoa que ele acha q deve ser provocada. Ele ri por dentro de nossos comentários e olha pra si mesmo com orgulho "eles responderam" "kkk' .

É um ato doentiu até, vai ver Deny é um sujeito pertubado sexualmente ou frustado no trabalho ou um homosexual que tem medo da sociedade ou simplesmente alguém que se diverte entrando num fórum de uma banda que relativamente ele gosta mais para tirar sarro daqueles que realmente gostam da banda.

Seja como for, quem se importa? a vida segue e todos nós teremos o mesmo fim "material".

Deixa ele ser livre pra provocar e responda quem achar q isso tem relevancia.
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 10:23 pm

Pra que levar a sério pessoas que não levam sequer si mesmas a sério, não? Wink

De qualquer modo, você é uma ótima poetisa, Thamires, parabéns. Poemas - Página 15 Icon_biggrin
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 10:24 pm

Citação :
Deny é um sujeito pertubado sexualmente ou frustado no trabalho ou um homosexual que tem medo da sociedade




risa


Última edição por Mat em Seg Mar 10, 2014 1:33 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 10:34 pm

Obrigada gente...eu não estou levando ele a sério não.....só acho que ele merece saber que não é o centro do mundo e certas coisas agente releva até certo ponto.
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeDom Nov 15, 2009 10:35 pm

Muah!
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeSeg Nov 16, 2009 10:01 am

Calma colega, não superestime a coisa, vc não é um mostro, é sua forma de se "divertir" relaxa e continue assim, é um "universo barato"

yhumbsup
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeSeg Nov 16, 2009 10:08 am

Retomando a PROPOSTA do tópico.

( Álvaro de campos )

Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.

Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for,
Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,
E fora d'Ele há só Ele, e Tudo para Ele é pouco.

Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em Deus com um sussurro soturno.

Sursum corda! Erguei as almas! Toda a Matéria é Espírito,

Porque Matéria e Espírito são apenas nomes confusos
Dados à grande sombra que ensopa o Exterior em sonho
E funde em Noite e Mistério o Universo Excessivo!
Sursum corda! Na noite acordo, o silêncio é grande,
As coisas, de braços cruzados sobre o peito, reparam

Com uma tristeza nobre para os meus olhos abertos
Que as vê como vagos vultos noturnos na noite negra.
Sursum corda! Acordo na noite e sinto-me diverso.
Todo o Mundo com a sua forma visível do costume
Jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso,

Escuto-o, e no meu coração um grande pasmo soluça.

Sursum corda! ó Terra, jardim suspenso, berço
Que embala a Alma dispersa da humanidade sucessiva!
Mãe verde e florida todos os anos recente,
Todos os anos vernal, estival, outonal, hiemal,
Todos os anos celebrando às mancheias as festas de Adônis
Num rito anterior a todas as significações,
Num grande culto em tumulto pelas montanhas e os vales!
Grande coração pulsando no peito nu dos vulcões,
Grande voz acordando em cataratas e mares,
Grande bacante ébria do Movimento e da Mudança,
Em cio de vegetação e florescência rompendo
Teu próprio corpo de terra e rochas, teu corpo submisso
A tua própria vontade transtornadora e eterna!
Mãe carinhosa e unânime dos ventos, dos mares, dos prados,
Vertiginosa mãe dos vendavais e ciclones,
Mãe caprichosa que faz vegetar e secar,
Que perturba as próprias estações e confunde
Num beijo imaterial os sóis e as chuvas e os ventos!

Sursum corda! Reparo para ti e todo eu sou um hino!
Tudo em mim como um satélite da tua dinâmica intima
Volteia serpenteando, ficando como um anel
Nevoento, de sensações reminescidas e vagas,
Em torno ao teu vulto interno, túrgido e fervoroso.
Ocupa de toda a tua força e de todo o teu poder quente
Meu coração a ti aberto!
Como uma espada traspassando meu ser erguido e extático,
Intersecciona com meu sangue, com a minha pele e os meus nervos,
Teu movimento contínuo, contíguo a ti própria sempre,

Sou um monte confuso de forças cheias de infinito
Tendendo em todas as direções para todos os lados do espaço,
A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une
E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim
Não passem de mim, nem quebrem meu ser, não partam meu corpo,
Não me arremessem, como uma bomba de Espírito que estoira
Em sangue e carne e alma espiritualizados para entre as estrelas,
Para além dos sóis de outros sistemas e dos astros remotos.

Tudo o que há dentro de mim tende a voltar a ser tudo.
Tudo o que há dentro de mim tende a despejar-me no chão,
No vasto chão supremo que não está em cima nem embaixo
Mas sob as estrelas e os sóis, sob as almas e os corpos
Por uma oblíqua posse dos nossos sentidos intelectuais.

Sou uma chama ascendendo, mas ascendo para baixo e para cima,
Ascendo para todos os lados ao mesmo tempo, sou um globo
De chamas explosivas buscando Deus e queimando
A crosta dos meus sentidos, o muro da minha lógica,
A minha inteligência limitadora e gelada.

Sou uma grande máquina movida por grandes correias
De que só vejo a parte que pega nos meus tambores,
O resto vai para além dos astros, passa para além dos sóis,
E nunca parece chegar ao tambor donde parte ...

Meu corpo é um centro dum volante estupendo e infinito
Em marcha sempre vertiginosamente em torno de si,
Cruzando-se em todas as direções com outros volantes,
Que se entrepenetram e misturam, porque isto não é no espaço
Mas não sei onde espacial de uma outra maneira-Deus.

Dentro de mim estão presos e atados ao chao
Todos os movimentos que compõem o universo,
A fúria minuciosa e dos átomos,
A fúria de todas as chamas, a raiva de todos os ventos,
A espuma furiosa de todos os rios, que se precipitam,

A chuva com pedras atiradas de catapultas
De enormes exércitos de anões escondidos no céu.

Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilíbrio
De estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minh'alma.
Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode,
Freme, treme, espuma, venta, viola, explode,
Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge,
Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida,
Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes,
Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos,
Sobrevive-me em minha vida em todas as direções!
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeQua Nov 25, 2009 10:20 pm

cyclops 


Última edição por Mat em Seg Mar 10, 2014 1:34 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeQui Nov 26, 2009 1:02 pm

Em "Suicida" Mat segue experimentando sensações futuras ou delirios presentes, com sua poesia que mistura o desconhecido com a percepção dos sentidos. Mat segue molestando a poética com elegância.

INVISÍVEL GRITARIA

Meu ser enrosca-se com o corpo puído da angustia
E sangra redemoinho entre seus poros sonoros.
Enrugados de fantasias que rasgam os véus flácidos
Das mãos angelicais do que antes era uma crianças.
Perfurando os vidros-iris e escavando os litorais dos mares invisíveis
da lacriminosa extragavancia dos cometas,
Pulando sem ar no céu da boca das paredes do quarto ácido
Derretido de mudez-pele que ainda espera a cura
Para as cicatrizes nucleares da inconsciência.
Em dementes barcos sem rumo rumando nas palmas das minhas mãos.
Em gemido aprisionado como um pássaro na gaiola da madrugada.
No cadáver que se joga escadaria a baixo do olhar.
Na tempestade de areia que balbucia cifras financeiras
Para minha chefa febril de nostalgias
Nas somas e subtrações se despem na cama flutuante
Sob as silhuetas cavernosas da lua.

Apalpo teu semblante de gelo
Enquanto dormes no vulcão dos sonhos oniscientes.
E tuas palavras se tornam os trilhos
Que sussurram quando eu passo pelas setas do abrigo.
Num espiral de nuvens saídas de um conto não terminado.
Nas maquinas de datilografa a alma.
Nas páginas rasgadas do tamanho do mundo
De cadernos petrificados pela magficencia da memória.
De litros de canções que embebedam como vodka celestial
Os neuronios-asas da insaciável fragrância dos sentidos.
Nos campos magnéticos de ácido derretendo a sombra a espreita.
Nos lábios lentamente abandonando a noite...
No ventre que fabrica ilhas povoadas de Homens-pássaros delirantes
Como tubarões e leopardos num campo de batalha giratório
Lutando por um pedaço cintilante de verso intacto.
Nas longas passagens que levam aos umbigos impenetráveis de Deus
E pequenos espaços tridimensionais mergulhando suas cabeças
Em angustiantes medos de lagrimar na extremidade do ser
Na ponta do aicberg que passeia pelo corpo-nada do orgulho
Pelos dedos tocando nos seios do mar de desejos expelidos no segundo que passava
Pelas madrugadas frias no alto de montanhas de gritos ainda não desamarrados.
Pelos tambores anunciando a próxima destreza do rastro absoluto.
Enquanto abrem-se as comportas dos rostos
E gigantes desertos são percorridos.
E a sede transforma a saliva em concreto nebulosamente inviolável
Que lambe o cordão umbilical das horas virgens incorruptas
Nas antropofagias de sons criando nós jamais desentrelaçados.
No meu fôlego de brisa marítima não calculada que assopra
Para direções que se embrenham pelas matas escuras
Das profundezas dos anseios montanhosos.
Seguro o silencio pelo dentes e o solto na ladeira do destino.
Só ouço os estilhaços sendo consumidos silenciosamente.




Então da pele dos dias
Brota um livro de ensinamentos dessassogados.
Meu espírito anda de mãos dadas com efêmero desequilíbrio
Entrelaça minha matéria estraçalhada pelos ratos-segundos
De mandíbula futurísticas num piano canibalesco que se sacia de nuvens.
Minha pálpebra carrega o tempo-espaço nas suas costas elásticas.
E meu sono-ser se espreguiça em alguma estrela e avista de longe
Os joelhos do sol em passadas simétricas.
Cruzando poemas e nascendo poetas,
E dentro dos hospícios de ruas esbravejando desertos por baixo,
Portes iluminam a ausência-delíro.
Caos que ladra para vulneráreis mãos se distanciando.
Noite-feto a cada noite vomitando verdejantes possíveis
No ponto escuro na alma como ciscos que cegam momentaneamente,
Como espinhas de tubarões atravessadas nas gargantas da impaciência.

Mas meu coração desbravador de mundos almeja nunca se partir,
Almeja ter o mundo em seu colo e acariciar sua palidez
Ah... Que esconde na verdade...
Almas gritantes e aflitas para serem finalmente
Almas livres
Mais livres que qualquer poesia...
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeSex Nov 27, 2009 7:26 am

Prometo que quando voltar eu comento os poemas belíssimos e densos de Leno e de Mat...Como já estou de saída vou deixar um....




Primeira corda solta



O Surto de paisagens inconstantes deram a ela todo o veneno
Estupendo rosto, fazendo o corpo tremer liquefazendo.
Na alma o recomeço dos esgotos que cheiravam opulento
Miscigeno
Contra-senso
Violência terma de um anjo ao dormir
Desatam os nós à luz de um olhar só
Não me falam de amor, fosse tudo dissabor do vento
Ou simplesmente seu mantra singular
Fosse tudo um plano implantando as bases no cais sombrio
No soturno passo do atracador.

Somos todos criaturas vis, amantes do marcapasso
Dilaceradores de crenças, entes figurados na presença da dor
E já cedo nos vamos levando crianças e desejos
Somos todos amantes do fogo deserto mas nem por isso me nego
E me mostro hoje à luz serena, seja ela apenas a passagem entre o céu e o inferno.
Me queime... suje minha pele, não temo doenças, não temo teu peito, estou pura de penas!
Suplico que não anuncie noutro corpo a tua ausência
Pois que não sujeito o meu ser a rupturas repentinas
Durma somente nesta cristalina forma de se obscurecer
Pontes do tempo.

Destempero, sumo de sabor azedo, olhem no rosto do moço que rouba a cor
Prove da boca o mesmo azedo, compartilhe a mesma experiência de terror
E nestas ruas as noites são asilos...se temem os velhos lobos, pobres cordeiros a se opor
Na contracapa do livro, contra todos os finais de histórias de avós
Durmo no chão do acaso, pulo e interpasso, jogo no centro o cosmo, pleiteio-o e oriento
Durmo na rua fria, estou nua, sou também fria, mas me esquento com facilidade, sou maldade
Me tragam a gritaria, um poço, uma morte e por fim a saudade.
Suprimento.

Como tudo que tento, me tenta também, me empurra além das possibilidades
Sou refém de quem me trouxer na boca palavras de apreço, me envolvo e esse é o preço da imagem
Os olhos do mestre fecharam o firmamento guiaram por certo a humanidade
A humanidade dos gestos pequenos... Sou um humano morto, vivo me contradizendo
Pontes do tempo mostram as passagens.


Vi na fronte da sincera tristeza um alento [vozes do sofrimento a lágrima secou-se]
Somos seres tão celestiais quanto a moral nos permite ser
Alimento agora o porco para só a noite o abater
Acho isso tão natural, sou um animal e deixo quase sempre transparecer
O corte visceral, o mundo que escondo dentro da Iris dilatada
No dorso da alma que ainda julgo ter.

Pontes do tempo carregam o anoitecer...
E lentamente o centro da noite se estende, os olhos se cerram
O anjo tão belo, se deita e claramente se enxergam suas asas desaparecerem.




Thamires Machado
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeSex Nov 27, 2009 9:14 pm

Smile 


Última edição por Mat em Seg Mar 10, 2014 1:35 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeSáb Nov 28, 2009 3:54 pm

www.xhamster.com
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeSáb Nov 28, 2009 5:27 pm

A INSÔNIA DOS SENTIDOS








Regresso para bem longe onde reside as razoes incalculáveis.
Sobrescrevendo por sobre a paciência mundana,
sobrecarregando a massa cinzenta de nevoeiros íntimos
onde desenterro as percepções avessas.
Vagando, estou vagando na linha estreita ao todo
caio e salto-me,
sou degetos arremessados pelo vulcão do destino
seguro nos braceletes montanhosos dos deuses
e planejo mergulhar no pálido oceanos das tardes.
Contemplar as moças de saias Giratórias
e as crianças que ainda não fabricaram paredes para si mesmas
Observo também o vendedor de bom bom
que flutua na sua sabedoria sem movimentos bruscos
e os jovens com mais razoes que as estrelas visíveis...
Nessa passagem rápida pelo conhecido
o desconhecido lança-me um olhar
quer que eu contemple ainda por mais um pouco
a orquestra diárias dos seres
e deixe o tempo do lado de fora da porta do eu contemplador.











João Leno Lima
28-11-2009
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeSeg Dez 28, 2009 10:05 am

Janela


Num espaço infindo em branco
sobre o repouso do meio dia das memorias
anulo-me dos encantos dos abismais momentos
e entrego-me as razoes mais alvoroçantes.
o tempo dilui-se dentro de mim
e passo a guia-lo pelos estreitos mais vulneraveis da abstração poetica
e largo sua mãr só quando alcanço o outro lado do meu proprio universo...
ele solto - como um vento trapezistas que dialogo com anjos -
e eu, longe do passo mais simetricos da luz do dia
abro o baú onde revelo-me, parte de um plano mais ousado,
ser e sentir sem peso o ato mais supremo do dia.







João Leno Lima
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeQua Jan 06, 2010 12:35 am

Não é bem um poema, na verdade eu nem sei o que é!
Tive que ver muitas coisas pra escrever isso, foi quase um parto!
Não sei se está bom, só sei que não chega aos pes do que voces escrevem! Mas eu fiz de coraçao, com tudo que sinto, só queria partilhar.
Crystal é uma musica do New Order como alguns já sabem. Escutem isso antes ou depois. Ou não. Tanto faz...

Cristal

‘’We're like crystal, we break easy’’

A hora que está no relógio será outra quando eu acordar. Ponho o disco pra tocar e minha mente para funcionar. As pequenas vidas irão estragar?
Meu quarto azul já não me serve: comendo e bebendo venenos, cresci e diminui com facilidade, minha alma (motivo de pensamentos e reflexões) já não é a mesma, está distorcida, pensando em vidas seguintes.
Minhas meninas já não estão aqui! Não posso ficar com elas! Uma que sofre, outra que cresce, nunca saberá quem sou eu, nunca viverá meus sonhos e muito menos saberá o que vem pela frente.
No final peço desculpas, nunca pude agradar a todos. Espero que entendam, sou como cristal, eu quebro fácil!!

-Ériak
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeQua Jan 06, 2010 2:37 pm

Achei de uma sinceridade imensa Erih....continua postando aqui seus poemas, divagações...só não para de escrever!!Estive um tempo sem postar por dificuldades em escrever, digamos que esse poema que vou postar agora reflete um pouco disso...


Manuscrita


Tocou-a, com as mãos paralelas[não eu não devo] hesitou duas vezes..
e do outro lado a caneta espera impaciente
Soam as notas de sinfonias cerebrais, surgem de todos os cantos
Memórias distantes, não as viu senão em divagações ao topo de si mesma
Espremeu seu sumo quente
Não há quem possa retirar dela o esforço ausente
Sua como um corpo ao se instalar no meio-dia...
Lateja a mando da alma, e a tristeza sente
Como se não faltasse mais nada, como se fosse trato dos deuses
Não se conforma, se os Deuses causam tua desgraça, será ela o lobo infame que a dilacera
Será ela quem saberá dos seus desejos e das dores incessantes
Não falta mais nada...apenas o ensejo..já não duvido, espero e vejo:
Riu-se da sua calma, que consciência traiçoeira!
Como se rezasse uma missa, pegou a faca, rachou-se aos poucos...
A cabeça pesava, a dor dilatava, e engoliu vento seco..
Não sentira nem mais leve nem mais sublime, apenas o sangue no chão empoçava
E do outro lado a caneta escreve enojada tudo o que viu condescendente.



T.M.


Última edição por Thamires em Sex Jan 08, 2010 2:57 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeQua Jan 06, 2010 3:49 pm

Os ultimos versos de -Ériak entregam as respostas de um poema desolador e confessional...


E a Thamy escrevou um poemaço...Um dos mais densos que já li dela, confuso e áspero, tramando distâncias consigo mesmo, cheio de cavidades onde corpo e espírito, sensações e tatos vao cada um para um lado, desprende-se em exasperações e voltam, na lucidez cortante do poema...
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeQua Jan 06, 2010 4:40 pm

SAUDADE DA NÃO-AUSÊNCIA






Não há espaços para serem preenchidos
e há infinitos lugares a serem percorridos.
como uma maratonista que de repente flutua acima das embarcações perplexas.
rumo ao desconhecidamente bloco de gelo íntimo ancorado na solidão dos desejos dissolvidos.
a distancia entre os seres numa calçada é a mesma distancia entre dois planetas na mesma galáxia.
ambos parecem indiferentes a esse absurdo
ambos parecem dialogar dentro da própria sombra mas não sentem a lástima da frieza pálida.
muito além dos olhares do visível o olhar do poeta
é a mão que adentra os formigueiros dos sonhos a procura da razão atemporal.
como a criança que momentaneamente perde o contato com a mão da mãe
e por alguns segundos cai no mar invisível...

Tenho todos os sentidos,
possuo as sensações acontecidas,
sou inteligente para entre meus fantasmas
e sábio para os medos
mas fracasso ao tentar ser aquele que não percebe o alvoroço das ruas
e os dispersos olhares da mulher para um lugar escondido.
por alguma razão a ausência intransferível de Fernando Pessoa
transforma minha rua vinte de abril numa ponte que vai do nada para o lugar nenhum
e que ignoro antes dela ruir na noite.
por alguma razão as colunas dos sentidos desmoronam na palma da minha mão.
palavras se atrofiam e gestos são sepultados debaixo dos passos.

Seria certo dizer que o tempo falhou mais uma vez?
que os pássaros rumaram para os galhos envelhecidos das memórias?
que as canções petrificaram-se nos ouvidos...









06-01-2010
João Leno Lima
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitimeQua Jan 06, 2010 5:28 pm

Lindo Poema Le, primeiro um título instigante..."Saudade da não-ausência" ....Para mim é um poema que carrega consigo um choro contido, ligado à impotência perante os próprios sentimentos, sua descrição do "ser poeta" é belíssima, e a angustia presa neste poema te coloca frente a frente com o mundo que desmorona nas suas mãos, e você se afunda dentro de si mesmo cada vez mais, instrospectivo.
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MensagemAssunto: Re: Poemas   Poemas - Página 15 Icon_minitime

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