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Assunto: Re: Poemas Seg Out 05, 2009 9:54 pm
Minha pergunta foi outra, mas beleza
Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
Assunto: Re: Poemas Ter Out 06, 2009 6:05 am
Skanker escreveu:
Eu faço errado em nunca associar o poema ao título?
Deve-se sempre buscar o sentido do poema no título, as vezes não queremos dar sentido então criamos um título que confunda a mente de quem ler(no meu caso faço às vezes a aliteração). No caso dos poemas de Leno, ele disse que nunca se deve lê-los sem associá-los ao título, enfim é algo importante a se fazer, não pra buscar a intenção do autor e sim pra melhor interpretar o poema, embora ache que não exista melhor ou pior interpretação contanto que se baseie em um raciocínio lógico e coerente....Oks Skanker? Continue comentando, mas agora presta atenção no título..Ah Mat, valeu pelo comentário...não comentei teu poema pq estou sem tempo mas o próximo comento!
Radiohead Brasil Administrador
Número de Mensagens : 1539 Localização : Andrômeda Data de inscrição : 10/10/2008
Assunto: Re: Poemas Ter Out 06, 2009 8:52 am
Muito belo esse poema-matáfora "porcelana" . Um poema tão frágil quanto a associação lúcida e delirante ao mesmo tempo que ele busca, poemas de pequenas gestos, onde o olhar do poeta é mil vazes mais afundo que um telescópio, onde as lupas da alma estão vontades para dentro de si.
Mat Amnesiac
Número de Mensagens : 3142 Idade : 33 Localização : Bahia Humor : amnesiquiano Data de inscrição : 27/06/2009
Assunto: Re: Poemas Ter Out 06, 2009 8:58 pm
Thami escreveu:
Skanker escreveu:
Eu faço errado em nunca associar o poema ao título?
Deve-se sempre buscar o sentido do poema no título, as vezes não queremos dar sentido então criamos um título que confunda a mente de quem ler(no meu caso faço às vezes a aliteração). No caso dos poemas de Leno, ele disse que nunca se deve lê-los sem associá-los ao título, enfim é algo importante a se fazer, não pra buscar a intenção do autor e sim pra melhor interpretar o poema, embora ache que não exista melhor ou pior interpretação contanto que se baseie em um raciocínio lógico e coerente....Oks Skanker? Continue comentando, mas agora presta atenção no título..Ah Mat, valeu pelo comentário...não comentei teu poema pq estou sem tempo mas o próximo comento!
ok, thami, valeu! o próximo eu vou aguardar.
Skanker KID A
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Assunto: Re: Poemas Ter Out 06, 2009 10:01 pm
Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
Assunto: Re: Poemas Sáb Out 10, 2009 10:51 am
As sublinhas apagadas
Aqui, os outros ventos não sopraram As crianças andam espreitando o FMI E as encruzilhadas estão cheias de pequenos universos
Aqui, esse mar diz mais coisas que suas próprias palavras Fumegando lances de inda e vinda de sonhos enlouquecedores E as ruas se deixam abraçar pela imensa paisagem Escondendo o novo e declarando o velho ensejo Nos lameados cinzas se abarrotam seres uni e pluricelulares Que se catam um aos outros e se comem no jantar.
Aqui a janela ainda está aberta, e vê toda pobreza e vê toda angustia Passando com duas pernas e mandando beijos Beijos pros senhores que ao verem se escondem de medo
Aqui o menino não escuta rock, nem mesmo tem um radio Nem mesmo tem seu tempo Nem mesmo vê seu rosto diante dele mesmo
Aqui, e em qualquer outro canto, a fé não se calcula Existe gente surda e aqueles que escutam menos O grito da criança, a imensa esperança se matando e se enterrando cedo
Aqui e em qualquer lugar, aqui e em qualquer lugar, aqui e em qualquer lugar Aqui e em qualquer lugar, aqui e em qualquer lugar, aqui e em qualquer lugar Eu ainda estou sentido o cheiro, de choques subatômicos, de lixo humano e de covas pra gerar os fetos! Mas só aqui e em qualquer lugar, aqui e em qualquer lugar Aqui e dentro de mim, aqui e dentro de ti.
Thamires Machado
Última edição por thami em Sex Set 17, 2010 1:59 pm, editado 1 vez(es)
Radiohead Brasil Administrador
Número de Mensagens : 1539 Localização : Andrômeda Data de inscrição : 10/10/2008
Assunto: Re: Poemas Qui Out 15, 2009 10:22 am
Imagem forte tanto na Imagem como nos versos. Um poema esbofeteando toda a classe de orgulho e desorgulho que temos do nosso mundo. Poema que não se limita aos velhos clichês de um poema social mas sim busca atraves da matáfora penetrar nesse universo, que pra nós está tão distante como "realidade" mas na realidade tb é nosso, de outra forma, pq os sonhos primordiais aqui tb sao os mesmos num outro lado do mundo.
Radiohead Brasil Administrador
Número de Mensagens : 1539 Localização : Andrômeda Data de inscrição : 10/10/2008
Assunto: Re: Poemas Qui Out 15, 2009 12:03 pm
Fiquei um tempo sem postar aqui mas nunca sem escrever.
DESACORDO
Não! nao quero constelações hoje chega de abraçar estrelas, chega de desbravar cometas chega de dialogar com as galáxias hoje quero o calor da alma hoje quero o sorriso inigualável da criança quero hoje o sol frente a frente e mesmo que meus olhos queimem quero hoje apalpar o rosto dos que tem rosto quero nem que seja por hoje Cumprimentar o visível não sendo eu o invisível que passa... ah...se pudesse nem poeta queria ser hoje... Só queria ser simples... como a poesia das coisas poéticas do dia... como as constelações e as estrelas da manhã...
João Leno Lima 29-09-09
Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
Assunto: Re: Poemas Qui Out 15, 2009 7:17 pm
"Desacordo" é uma quebra momentanea da relação do poeta com a poesia...as vezes temos necessidade de nos perder em outros caminhos que não aqueles que somos acostumados a explorar, de ter contato com a realidade física, com a simplicidade das coisas do dia a dia...Muito bom Leno...
Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
Assunto: Re: Poemas Qui Out 15, 2009 7:42 pm
Principiar
Duas mãos se tocando...física quântica do movimento O último toque, qual era o sentimento? Como se trás o instante pra perto sendo agente do tempo? Só voando em nuvens... Só pedindo pra não estender a palavra até as últimas conseqüências
Este é o último sorriso, ou será dilaceramento? Como controlar os dentes e não os fazer ranger, Porque crer em você...porque crer? Se todas as estrelas virassem pó, você as cheiraria Se todos os sonhos se despedaçassem, você os refaria Mas não neste instante, não há o que dizer
Não há o que dizer sobre os anjos, eles te contam histórias à noite? O meu anjo me dá bom dia e me acorda pra sair Meu anjo é meu demônio e me faz chorar com sua dor E me sufoca com seu amor de anjo Mas não neste momento, não há o que sentir Porque já passou mas vai voltar certamente Mas não da mesma forma...não da mesma forma Voou com os outros fragmentos, deformou o vento E assim deveria ser feito. Se foi como o nascer do dia.
Thamires Machado
Última edição por thami em Sex Set 17, 2010 2:02 pm, editado 1 vez(es)
Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
Assunto: Re: Poemas Dom Out 18, 2009 10:43 pm
Última edição por thami em Sex Set 17, 2010 1:59 pm, editado 1 vez(es)
Faust Arp OK Computer
Número de Mensagens : 1472 Data de inscrição : 13/08/2009
Assunto: Re: Poemas Ter Out 20, 2009 8:03 pm
Escolha ou destino?
A tranca da porta não funciona Como iremos entrar e tocar nos feixes de luz? Como iremos fazer pra nos transformarmos em vento e ultrapassar as frestas nas paredes? Neste momento me sinto inútil até mesmo para forçar uma aproximação Entre os dedos e a maçaneta, parece que as mãos não têm firmeza A cabeça pende para o outro lado e o corpo tenta se esticar no ângulo de 90 graus com o chão
Já não é mais incerteza, já não é mais esperteza nunca fora antes Não se trata de silêncio senão vomitaria palavras na porta Se trata talvez de impotência e infinito desejo, que não se torna visível Nem mesmo as crianças do centro irão entender, nem os que se prestam atentos
O que mantém os braços estendidos é o inimigo que ronda meus defeitos O que mantém os pés fincados em frente a isto, é tudo aquilo que eu anseio A porta é o abrigo e o que está fora os devaneios
Forço mais uma vez a relação entre os dois mundos Ressuscito a respiração compassante, dançando lado a lado com o batimento Que sensação absurda de medo, quero o colo dos anjos, quero seu cheiro Eu não tenho. há apenas eu e a porta neste momento, mais ninguém
Me escondo atrás do espectro todos os dias, queria ter coragem Às vezes nem tento Às vezes me embriago em frieza E a entrada se distorce em duas bandas e a cabeça gira frente ao espelho Mil meios me seguram no espaço do qual não retroajo nem adianto o passo Outro caminho não há enquanto eu for o ser fracasso mesmo que na mente invente um plano Não transpasso, não transmuto. vou viver o resto dos tempos na tentativa de seguir para dentro.
Thamires Machado
Última edição por thami em Sex Set 17, 2010 2:00 pm, editado 1 vez(es)
Dnn. OK Computer
Número de Mensagens : 1407 Localização : Porto Alegre Humor : Zorra Total (piadinha retardada ) Data de inscrição : 19/06/2009
Assunto: Re: Poemas Dom Out 25, 2009 5:42 pm
Você consegue ver as cores da sua vida? Você percebe como elas te fazem mal? Você repara que elas te amam?
No dia que você partir, quero ver como as cores vão ficar. No momento que você me deixar, quero ver se elas vão te amar.
Você não percebe, mas as cores a sua volta Vão te procurar Elas vão te cuidar
Inspirado na menina que roubava livros.
Radiohead Brasil Administrador
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Assunto: Re: Poemas Seg Out 26, 2009 8:38 am
POEMA EM ALUCINAÇÃO INCONJUNTA
Nossos corpos estão a cada segundo sendo banqueteados pelo tempo. Sobrevoando dentro dos segundos eu encontro a perfeição dos instantes, Eu encontro o abismo da minha memória naufragada Que mesmo afundando procura a si mesmo no fundo, Já não há mais espaço para a morte, viver também é morrer inevitavelmente. O sonho não passa de uma simetria, realizá-lo é nossa anarquia cosmológica. Espectros rodeiam as carcaças das angustias que fogem pelos dedos Eu sou mais do que nunca um fragmento de pagina em branco rabisca pelo infinito Na minha alma estão seres vestidos de labirintos e outras formas de poesia À noite me entrega raios que partem meus olhos com a luz fugitiva da manhã Na há deuses nem fantasmas que me convençam a não usar minhas asas promiscuamente indefesas Quem me dera pode vagar pelo interior de cada ser e encontrá-los a si mesmo Mas isso impediria a formidável procura que por si só já define uma vida, Desejos náufragos das minhas fala que se quebra como a onda nebulosa Para que pára-quedas se cair é só um movimento continuamente onipresente? Queda sem chão, mas quando encontramos o chão nos damos conta que somos inesgotáveis Em nossos atos de misturas de vidraças com vôo cheio de nuvens Também somos pedaços de tudo que é infinito e finitamente eterno...
Mat Amnesiac
Número de Mensagens : 3142 Idade : 33 Localização : Bahia Humor : amnesiquiano Data de inscrição : 27/06/2009
Assunto: Re: Poemas Ter Nov 03, 2009 6:06 pm
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Última edição por Mat em Seg Mar 10, 2014 1:31 am, editado 1 vez(es)
s2 Cillian Murphy s2 OK Computer
Número de Mensagens : 1031 Idade : 30 Localização : Cillian Murphy City Humor : Love Cillian Murphy Data de inscrição : 07/01/2009
Assunto: Re: Poemas Ter Nov 03, 2009 7:05 pm
hahaha, meudels Mat.
Dnn. OK Computer
Número de Mensagens : 1407 Localização : Porto Alegre Humor : Zorra Total (piadinha retardada ) Data de inscrição : 19/06/2009
Assunto: Re: Poemas Qua Nov 04, 2009 12:07 pm
bem na hora do almoço '--'
Skanker KID A
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Assunto: Re: Poemas Qua Nov 04, 2009 3:33 pm
Lucas Alienado escreveu:
hahaha, meudels Mat.
Faust Arp OK Computer
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Assunto: Re: Poemas Qui Nov 05, 2009 7:30 pm
Substrato
Paro a mente que congela os olhos voltados para o horizonte Era manhã e agora é noite, transpassaram-se os laços e o sol buscará o novo sempre Só percebi naquele instante. Foi o dia inteiro pesadelos e arames, me rasgando por inteiro me tirando a sensibilidade Foi sempre assim e desde que comecei a falar, ia a tropeçar em palavras Dedilhar melodias em movimento, machucava, introduzindo o sofrimento Era um choro viciante. Carreguei o meu barbante, conduzi minha pipa até o fim do meio fio Olhei nos olhos do rio, ele me via cansado, eu o fitei atordoado Nunca vira o meu ser tão sombrio Nunca me toquei e nem percebi que tinha um sinal na ponta do nariz Eu sorri, e nunca me vi ser tão feliz Nunca fui tão paciente para observar, que atrás do rio nasceria o luar Talvez o mais belo luar porque para mim nunca o fora então Desaguar de distração, me perdi no teu silencio. Catei as pedras no chão, sussurrei ao rio um soneto, a pipa rasgou o céu E eu desapareci como faíscas no vento.
T.M.
Última edição por thami em Sex Set 17, 2010 2:00 pm, editado 1 vez(es)
Faust Arp OK Computer
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Assunto: Re: Poemas Dom Nov 08, 2009 2:32 am
Senti uma necessidade mais que imensa de te pedir abrigo Foi um impulso descontrolado não tocar o verso Antes quando criança eu chorava com a mão no peito Ainda choro com as mãos, mas desta vez elas chocam-se com o movimento Cíclico e perfeito da caneta.
Sou esquisita e imperfeita A paranóica que nunca cansa de parafrasear o próprio tempo O tempo, que já não compreendo e não tem jeito O que faço é espreitar-lo, cada segundo é uma presa Machuco os momentos mais insanos e mastigo os mais profundos Os engulo com pressa Eu tenho pressa e não terei todo o tempo pois o todo não me pertence
Aprendi a escrever o medo e simplesmente medo tenho de não mais escrever Medo tenho de perder meu orgulho, meus tutores, meus engenhos De perder os ares do mundo e sufocar em desespero
O olhar de mim para mim é sempre ele confuso, é um não saber É um mar desaguando os seus segredos É um céu negro de estrelas poluídas com a poeira cósmica É uma menina que menstrua no escuro e chora por que não quer crescer.
O olhar de mim para mim será sempre desatento. Porque o magma que me queima dilacera a razão E o corpo não distingue o que fala o sentimento.
T.M.
Última edição por thami em Sex Set 17, 2010 2:01 pm, editado 1 vez(es)
Mat Amnesiac
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Assunto: Re: Poemas Seg Nov 09, 2009 11:22 pm
Última edição por Mat em Seg Mar 10, 2014 1:31 am, editado 1 vez(es)
DenyYourMaker The Bends
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Assunto: Re: Poemas Qua Nov 11, 2009 6:53 pm
Mat escreveu:
Balada da morte
Assassinos vagam com suas rugas molengas. A calda negra da noite -
Espalha-se pelos becos sombrios. O metal polido, reluzente punhal de prata,
Enche-se da mais viva cor!! Quente e rubro!! Os olhos cegos e doces. Grandes, arredondados pelo pavor -
Longa pele branca. Uma rosa jovem entre seus seios - Entre formas suaves. Um ventre sangra -
Retalhado movimento. De dentro da sua cabeleira esvoaçada... surgem dois negros olhos esbugalhados -
Como um sol escurecido - Eclipse -
Batendo asas. Num impulso. Os músculos firmes - tem meu corpo nas mãos...
Um deus satânico me beija pela última vez. Eu incho... e esvazio pela garganta!
Mateus Pereira 23-20
s2 Cillian Murphy s2 OK Computer
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Assunto: Re: Poemas Qua Nov 11, 2009 8:45 pm
hahahahahahaha
Skanker KID A
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Assunto: Re: Poemas Qui Nov 12, 2009 2:47 pm
Faust Arp OK Computer
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Assunto: Re: Poemas Sex Nov 13, 2009 8:09 pm
Recepção
Hoje fico com as lágrimas que se dispersaram No escuro....no escuro, não me deixe ir tão cedo Vago mudo no absurdo ,como um adulto sem segredos Não me deixe partir cedo; na sacada me apoio Puxo o ar lá de dentro, me afogo em corpos sujos Desafio a qualquer um decifrar o franzido do meu cenho.. Desafio a qualquer um segurar nas mãos do medo Se lançar perante o vento Desafio a mim e aos garotos taciturnos... estou mudo no espelho
Sou eu mesmo, isso entendo Sou eu mesmo e o mundo, eu entendo Sou eu dentro do escuro, que me deixa ir tão cedo Sou eu gritando aos quatro ventos: me assumam! Me destruam ou me aceitem!
Mas não me esqueçam no vazio que entranha em meu peito Não me esqueçam no vazio pois que volto descontente Pois que ranjo os meus dentes, pois que sou um arredio Não machuco nem desejo o que é alheio Sou apenas um bêbado que paira no luar sombrio Sou eu o diabo que ninguém viu As armadas de setembro...
Não me deixe no vazio...isso eu não entendo Não me exponha a esse frio, eu não mereço Sou um louco com faíscas e fragmentos Vago mudo no escuro do meu tempo... Sou apenas um viciado com um isqueiro Compulsivo absoluto..hoje escuto seus conselhos
Mas no escuro fico mudo No escuro sou passeio No escuro sou um bicho, isso certamente creio.